Balestra = Besta

A besta (leia-se com o som de "É" e não de "ê") ou balestra é uma arma com aparência de uma espingarda, com um arco de flechas, acoplado na ponta da coronha, acionada por gatilho, que projeta setas, dardos similares a flechas. Ela foi bastante usada no século XVI e chegou a coexistir com e depois foi substituída pelos mosquetes, primeiras armas de foto. Hoje, continua a ser fabricada, pois é usada, em algumas partes do mundo, por caçadores.

A besta tem esse nome por causa da proibição papal de utilizá-la contra outro cristão. Em regiões onde essa ordem não foi ouvida, ela tem outros nomes (como o inglês crossbow, literalmente "arco em cruz"). Ou seja o nome "arco em cruz" sempre foi usado independente do seu tamanho... (viu jogadores de D&D!) - Texto adaptado do Wikipédia-


-A confusão das libras
A quantidade de libras de um arco ou uma besta não significa nada se as curvas não tiverem energia. O que quero dizer? Quero dizer que seria como amarrar um cabo de aço em 2 postes de concreto, você poderia ter uma pressão de 2.000 lbs mas sem energia alguma a não ser a energia do próprio cabo. Então isso quer dizer que, se colocado uma flecha no cabo e soltando-a ela cairia a poucos metros de você. O importante é o material (tecnologia) usado na confecção das cordas e curvas (estes dois itens são os que proporcionam a maior parte da velocidade da flecha) de um arco ou da besta. Assim um arco de 30 lbs pode ser muito mais potente que um arco de 60 lbs, e uma besta de 100 lbs pode ser muitas vezes mais potente que uma besta de 180 lbs.
Um arco com polias grandes e curvas bem feitas, pode facilmente traspassar um colete a prova de balas.

As bestas mais potentes (dependendo do material de construção) do mercado são as de 150 lbs com polias. Existe tambem as de 225 lbs recurvas. Mais do que isso seria impossível um homem comum armá-las. Imagine armar uma besta de 300 lbs, você estaria puxando 136 Kg em suas mãos. Como toda regra tem sua exceção, existe UMA besta de 315 lbs com polias que alivia a puxada em 45%, Estou falando dessa bazuca aqui: Barnett Predator.

-A balestra tupiniquim
obs:texto postado na comunidade da balestra por Alex Guedes dos Anjos.
Como sabido, os portugueses que trouxeram a balestra para o Brasil desde o início do processo de colonização.
Por razões desconhecidas, uma tribo indígena teve acesso a uma balestra e passou a reproduzi-la toda em madeira.
Antigamente no Museu Municipal de Barbacena existia um exemplar desta curiosa reprodução indígena, do qual restou apenas o arco um pouco quebrado, abandonado num porão. Dizem que a balestra foi jogada fora, por ser considerada como um instrumento sem valor e feio, apenas um "artesanato indígena comum" O arco como estava separado, ficou guardado num canto, até que na data de ontem ele foi localizado e passou a ser minha propriedade.
Ainda há fotos da balestra que se encontram num antigo livro de inventário, o qual contém algumas informações.
O material que ele é feito é conhecido por aqui como "palmeira dos índios", é flexível e parece ser bastante resistente, pois pela antiguidade dele, se não tivesse rachado, talvez até daria para usar.
Foi rachado por mal uso, pois certa vez um funcionário tentou colocar uma corda para ver se ficava bonito.
Uma pena, peças raras como esta desaparecerem assim como se não fossem nada.
Observem nas fotos que no arco há um detalhe para facilitar o seu apoio no corpo. FOTO1, FOTO2 e FOTO3.